ECONOMIA CIRCULAR

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Rui Pinto

Técnico de Kiwis - Terras de Felgueiras

ECONOMIA CIRCULAR

A economia circular, também conhecida como revolução silenciosa, está a fervilhar em todo o mundo.

Têm sido dados até à data passos importantes e sensibilizado todos os agentes de mudança que pensam e que se preocupam por este problema, que é:

 

O QUE FAZER ÀS SOBRAS DE TODOS OS PROCESSOS PRODUTIVOS.

A economia linear, ou seja, a dos dias de hoje, inclui: Extração - Transformação - Uso - Rejeição, que levou a um número de 65 mil milhões de toneladas de recursos extraídos globalmente todos os anos dos quais só se reciclam 21% e que em 2050 serão 186 mil milhões. Como tal, a reciclagem como a fazemos nos dias de hoje não chega.

Torna-se já consensual que as empresas podem tirar benefícios da economia circular, mas importantes escolhas têm de ser feitas e tomadas. Todos os modelos contemporâneos de negócio, modelos de produção, modelos de financiamento e até todos os requisitos legais têm de sofrer profundas alterações para que este novo modelo seja possível.

Durante o último século o mundo experimentou um enorme crescimento económico, que levou a um grande desenvolvimento dos países. A população mundial continuou a crescer, os mercados tornaram-se globalizados e o consumo material cresceu proporcionalmente.

É expectável que em 2050 as reservas globais usadas tripliquem. Obviamente que este facto causará uma pressão enorme na sociedade e no ambiente.

A economia circular assenta numa redução do desperdício, dedicada às energias e fontes renováveis e a uma alta taxa de reciclagem dos materiais. Em média a Europa usa os materiais apenas uma vez. Bastantes estudos, mostram que a economia circular ajuda a economia a crescer, a um aumento do emprego, com a utilização dos recursos usados mais eficientemente.

A UE prevê com a economia circular um ganho de 1,8 biliões de €, a criação de 1 a 3 milhões de empregos e menos 2 a 4% do total anual de emissões de Gases Efeitos de Estufa (GEE).

Na economia circular a ênfase é a criação de bens duradouros, fáceis de reparar e reutilizar, fáceis de desmontar e refazer tão bem quanto possível e se possível até melhor que os originais.

Existe já através desta economia uma esperança de poder usar-se os plásticos, derivados dos recursos fósseis, serem reutilizados no ecossistema depois de usados, isto é, manter os recursos em circulação, no seu valor mais elevado, pelo maior tempo possível através desta regeneração e alimentados por fontes renováveis.

Na economia circular não existe um fim de vida ao fim da primeira utilização, mas sim um ciclo contínuo, circular, onde no fim desse ciclo existe uma quantidade muito residual de resíduo, sendo a grande parte reciclada, entrando outra vez num novo ciclo de um novo produto.

A Economia Circular ultrapassa o âmbito e foco restrito das ações de gestão de reciclagem dos resíduos.

Pretende-se conceber produtos, redesenhar processos, modelos de negócio e serviços que sejam:

1. Eficientes;

2. Duráveis;

3. Recuperáveis;

4. Recicláveis

REGRA DE OURO

Quanto mais um produto circular, menos recursos naturais são usados, menos pressão ambiental é gerada, salvaguardando as questões de saúde pública.

Esta economia circular obriga às empresas:

• Criar novos modelos de negócio associados à empresa;

• Formação contínua dos colaboradores;

• Criatividade da redução de custos;

• Fomentar a criação de emprego;

• Redução do volume de emissões e resíduos (que numa empresa ocupa muito espaço)

Projeto 2020